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Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei.

domingo, 22 de julho de 2012

É triste pensar que tudo vai dar certo e depois no final é apenas uma ilusão em que acreditastes.

Houve um dia em que estava diferente, estava a ficar esquisita e eu não sabia o porquê. Nesse dia ainda não tinha percebido. Mas houve dias, dias e dias que eu tinha algo e que esse algo só aparecia quando estavas lá tu. Quando te via, quando passavas para mim ou quando olhavas para mim e depois passado um segundo deixavas de olhar… depois percebi que eras o tal, aquele homem com quem eu queria passar o resto dos meus dias, aquele homem que fazia a mulher mais linda e apaixonada do mundo nos meus sonhos. Eu tinha percebido que eras o tal mas agora tu? Eu acho que nem me conheces. Eu para ti sou só mais uma habitar no mesmo planeta, mais uma para fazer os biliões de pessoas existentes no mundo. Eu acho que para ti eu não significo nada, simplesmente nada. Queria que um dia me olhasses para mim da mesma maneira que eu olho para ti, sentir o mesmo sentimento que eu sinto, pensar naqueles momentos juntos que no futuro poderíamos passar, pensar na queles beijinhos, pensar naqueles abraços, pensar naquelas coisas que os namorados fazem mas tu não sentes isso por mim? Não, por mim tu não sentes de certeza… queria que um dia reparasses em mim, mas em mim tu não reparavas, fiz figuras estupidas, figuras tristes mas nem davas ao trabalho de olhar e pensar: aquela rapariga está a fazer aquilo tudo para me impressionar? Tentei ir contra ti, mas tu pedias desculpa e continuavas o teu caminho como se nada fosse, andei feita loca á tua procura mas quando te encontrava tu mudavas de sítio porquê? Essa pergunta não te sei responder, só mesmo o tal homem… e depois ponho-me a pesar porque é que eu sou uma feia, uma desvariada, uma coitadinha, uma intrometida, uma teimosa, uma antiquada, uma estupida, uma cobarde, uma fraca, uma parva, uma ignorante, uma palerma, uma javarda, porquê? Porque os meus pais me fizeram assim e não sei se haverá alguma homem a gostar de mim e mesmo se gostar, eu vou dar desprezo porque a pessoa quem eu quero és tu… gosto mesmo muito de ti, eu gosto de ti com todos os defeitos que possas ter, podes ser o homem mais feio do mundo mas o meu sentimento por ti será sempre ser igual porque eu não ando á procura de homem perfeito porque sei que esse não existe. Eu não quero saber daqueles homens lindos que aparecem nas redes sociais, não quero saber dos adultos, não quero saber de nada, apenas quero que saibas que aquilo que eu sinto por ti é verdadeiro. E sim ando á procura de um homem que goste de mim da mesma maneira que eu, de um homem que me respeite, que me defenda naquelas alturas, que me apoie, que me oiça, que me ajude, principalmente que aceite com todos defeitos e feitios. Eu não quero que fiques comigo por obrigação, eu não quero obrigar-te a nada, não quero que te sintas pressionado, não quero nada disso. Não quero que tenhas vergonha de mim por eu ser feia ou algo do género porque se eu sou mesmo o amor da tua vida tu me aceitavas assim tal e qual como eu sou. Mas como tu nunca vais ter nada comigo tenho que te esquecer, que agora neste momento é uma coisa impossível, mas eu vou tentar… tu nunca sais do meu pensamento, se ouvir o teu nome eu penso logo em ti e começo a pensar em tudo o que podia acontecer entre nós… queria poder-te chamar de namorado e fazer aquelas coisas fofinhas que os casais apaixonados fazem, queria poder-te beijar, poder-te dar abraços, queria tanta coisa contigo mas tu de mim não queres nada, até podes querer distância. No mundo existe tantos seres humanos, existem tantas pessoas lindas, queridas, maravilhosas, bonitas no mundo, tantos sorrisos e eu só te quero a ti, só quero o teu olhar, só quero o teu sorriso, para mim o mundo és tu. Se eu fechar os olhos consigo ver o escuro e esse? É o meu mundo sem ti. És muito para mim apesar não ser nada para ti. Quero ser a tua amiga, pelo menos mas tenho vergonha, de chegar ao pé de ti e apresentar-me, tenho vergonha daquilo que me poças dizer… tenho medo que me dizes um não, imagino que quando o chego ao é de ti e tu me dizes que não me queres conhecer, que não queres fazer parte do meu mundo, que não queres ter uma amizade comigo? Pois posso imaginar aquilo que eu chamo de conto de fadas, mas também penso no fim desse conto de fadas, sim porque nada dura para sempre ou seja não existe o sempre. Mas já me disseram que esse sempre pode ser criado e eu como pessoa inofensiva pensei logo em ti, no nosso futuro, pensei logo num NÓS, pensei logo em tanta coisa, pensei em criarmos o sempre, mas não dá tinha de haver um nós, mas esse nós ainda não existe, pensei naquilo que se chama de amor… mas como disse é apenas um conto de fadas, na minha cabeça é e tu como não me conheces não pensas neste conto de fadas, simplesmente é apenas ilusão. Eu acho que nunca pensastes em algo tao bonito com alguém, sim poderás ter pensado mas desta forna… não me parece. Nunca pensastes em criar o sempre se calhar nunca te passou pela cabeça, nunca te passou pela cabeça que uma estupida, uma parva gostasse de ti, nunca te passou pela cabeça o que está se a passar e tu nem dares por isso, nunca te passou pela cabeça tais coisas e eu mais uma vez pergunto, porquê? Pois mas essa pergunta eu não sei responder, ninguém sabe ou seja só mesmo tu é que a poderás responder. Para ti sou só uma mera rapariga a apaixonar-me e depois dizeres: passado semanas, essa rapariga já esqueceu-se de mim, por isso não quero saber, mas as coisas não são bem assim, eu não sou uma qualquer, eu não esqueço as pessoas assim de um minuto para o outro. Não, não esqueço assim tão facilmente os meus “amores” porque quando gosto é porque gosto e tenho de falar com essa pessoa e tentar fazer com que ela perceba que eu gosto realmente dela. Eu não sou tipo uma ‘puta’ que gosta de todos os cús que por ai andam. Não, não sou. Sou simplesmente uma criatura inofensiva feia, parva, estupida que te ama como, se calhar, ninguém te amou antes.

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