Houve
frases, houve palavras, houve letras que se tornaram mais que isso. Houve aquele
inicio, onde tudo começou, onde tudo nasceu… nasceu uma amizade, nasceu uma
cena em cada um de nós que completou mais um bocadinho dos nossos corações.
Temos gostos diferentes, temos maneiras de agir diferentes, temos maneiras de
falar diferentes, tempos gestos diferentes, temos maneiras de pensar
diferentes, não somos iguais, ou seja, ninguém o é. Aprendi a gostar de você á
minha maneira, aprendi a aceitar a tua maneira de ser, aprendi a aceitar-te tal
como és… não sou perfeita, cometo erros, cometo enganos, já usei a borracha, já
disse coisas que não queria dizer, já fiz gestos que não queria fazer, já fiz
coisas que hoje me arrependo de elas existirem, aprendo com os erros, sei pedir
desculpa e quando o peço vem cá do fundo, do fundo do coração. E depois existes
o ‘tu’ que podes não pensar da mesma maneira que eu, já cometestes erros e eu
aceitei, já me magoastes e eu aceitei, já me desiludistes e eu aceitei… agora
ficamos assim, se um não falar o outro também não vai falar, foi por isso que
estou a fazer isto, eu sei que não faço isto por obrigação, mas faço para
estarmos bem… todas as amizades tem aquelas discussões, todas as amizades têm
aquelas brigas, mas lá no fundo um não pode viver sem o outro, poder pode, mas
acredita que não é a mesma coisa. Pois mas agora eu ponho-me a pensar nisto
tudo, ponho-me a pensar nesta merda que cada um fez, na merda que cada um
cometeu, pois. Antes de agir eu resolvi perguntar-te antes de te apontar o
dedo, resolvi falar contigo antes de dizer mentiras, resolvi esclarecer as
coisas e tu? Pensastes que era melhor ficar sem falar comigo, pensastes que era
melhor ‘fugir’ aos problemas, népia deixa-me falar, eu já te pedi desculpa, já
indirectamente mas já, agora olha, tu é que sabes, eu não te posso obrigar a
pedir-me desculpa, não te posso obrigar a ficarmos bem, pois eu sei não. E
agora? Agora a decisão já não depende de mim.
Acerca de mim
- Catarína Santos
- Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei.